Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, faleceu no Hospital Santa Júlia entre o último sábado (23) e a madrugada de domingo (24)
O Hospital Santa Júlia confirmou o afastamento da médica e da técnica de enfermagem envolvidas no atendimento do menino Benício Xavier de Freitas, de 6 anos, que faleceu na unidade entre o último sábado (23) e a madrugada de domingo (24).

Foto: Divulgação
O afastamento das duas profissionais, medida adotada durante o processo de apuração interna, continua mantido após a Comissão de Óbito e Segurança do Paciente concluir as investigações sobre o caso. O comunicado, porém, não detalha se a apuração identificou falhas no atendimento prestado pelas profissionais.
Confira a nota
O Hospital Santa Júlia informa que as investigações internas sobre o falecimento do menor, ocorrido em 23 de novembro de 2025, foram concluídas pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente.
A médica e a técnica de enfermagem, responsáveis pelo atendimento, permanecem afastadas de suas atividades, conforme medida adotada durante o processo de apuração.
Todas as informações levantadas serão formalmente repassadas às autoridades competentes e à família.
Reforçamos que desejamos conduzir todo o processo com total transparência, oferecendo apoio à família em tudo o que for necessário.
Seguimos comprometidos com a segurança do paciente, a ética e a responsabilidade assistencial que orientam a atuação da instituição.
Sabemos da gravidade e sensibilidade do caso. A instituição reconhece a dor da família e da sociedade, e trabalha com seriedade e transparência, guiada pela responsabilidade técnica, pelo respeito e pelo compromisso com a segurança do paciente.
*Hospital Santa Júlia
Manaus*, 26 de novembro de 2025.
CREMAM abre procedimento para apurar a morte
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Amazonas (CREMAM) informou que abriu um procedimento para apurar as circunstâncias da morte de Benício Xavier de Freitas, de apenas 6 anos, ocorrida entre o último sábado (23) e a madrugada de domingo (24), no Hospital Santa Júlia. O caso de Benício também está sob investigação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
A medida foi tomada após a repercussão da denúncia feita pelos pais da criança, que acusam a equipe médica de ter aplicado uma dosagem incorreta de adrenalina por via intravenosa.
Nesta terça-feira (25), os pais do menino Benício, Bruno Freitas e sua esposa, denunciaram publicamente que a morte do filho foi resultado de um erro médico. Segundo o pai, a criança foi levada ao hospital com um quadro de tosse seca e suspeita de laringite.
Bruno Freitas relatou que o filho foi atendido por uma médica que prescreveu um tratamento que incluía lavagem nasal, soro, xarope e três doses de adrenalina intravenosa, sendo 3 ml a cada 30 minutos. O pai alega que a dosagem e a via de administração do medicamento foram inadequadas, levando à morte da criança.
Em nota, o CREMAM afirmou que tomou conhecimento dos fatos pelos meios de comunicação e agiu de ofício (por iniciativa própria), encaminhando o caso ao seu Setor de Processos Éticos.
O Conselho ressaltou que instaurou um procedimento que tramita em caráter sigiloso, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissional. O órgão de fiscalização médica não emitirá qualquer posicionamento ou juízo de valor antes da devida conclusão da instrução processual.

