Apesar dos seus gritos de socorro, nenhum dos seus vizinhos veio ajudar
EUA – Josephine Ingoglia, uma senhora de Astoria foi supostamente estrangulada por seu inquilino que ainda realizou um ‘exorcismo’ nela por mais de 10 minutos aterrorizantes, contou a mulher ao The Post esta semana. Segundo Josephine, o show de horrores aconteceu por volta das 2 da manhã do dia 21 de julho, quando o inquilino Marc Lynch, 47, bateu na sua porta com ‘sangue na cabeça’. “Que o poder de Cristo o obrigue a me pagar o aluguel!”, disse a mulher.
“Ele pegou uma moldura e quebrou na cabeça; ela ficou pendurada no pescoço dele. Ele estava dizendo que eu era uma bruxa e eu sabia o que eu fazia. Ele tinha um galão de água na mão com pétalas de rosas e derramou sobre minha cabeça. Na mente dele, eu acho que ele ia tirar o diabo de mim.” explicou.
Ele então tentou atraí-la para seu apartamento, mas ela desceu correndo as escadas e foi para a frente da casa, onde ela “imaginou que alguém me ajudaria”, disse ela. Lá, ele a jogou no chão e ficou em cima dela.
“Ele estava tentando me estrangular. Ele estava falando em línguas. Ele literalmente agarrou minha boca e a abriu e colocou sua boca sobre a minha e estava soprando em minha boca. E ele estava me sufocando e eu ficava dizendo, ‘Você está me matando.’ E ele disse, ‘Não, eu estou colocando o demônio em outro hospedeiro’”, Ingoglia relembrou do encontro horrível.
Lynch, foi preso e acusado de agressão de terceiro grau, ameaça de segundo grau, obstrução criminosa da respiração ou da circulação sanguínea e assédio de segundo grau, de acordo com um documento judicial.
Apesar dos seus gritos de socorro, nenhum dos seus vizinhos veio resgatá-la e Lynch continuou seu ataque violento.
Ingoglia disse que a falta de resposta a lembrou do infame assassinato de Kitty Genovese em 1964, do lado de fora de seu prédio em Kew Gardens, que ganhou as manchetes pelo que é conhecido como efeito espectador, já que nenhum de seus vizinhos interveio.
“Gritei por 10 minutos a plenos pulmões, ‘Me ajudem, me ajudem.’ E tudo que eu conseguia pensar era em Kitty Genovese,” ela lembrou. “Alguém me ouviu e chamou a polícia, mas ninguém veio realmente ajudar.”
Embora Ingoglia tenha obtido uma ordem de proteção contra Lynch, seis dias depois, ele estava de volta ao prédio.
“Olho para a porta da frente, e há uma pequena lata de lixo de banheiro com um bilhete que dizia: ‘Deixe-me ficar aqui em segredo. Estou cansada de dormir na rua.’ Ele tinha arrombado a janela lá embaixo”, ela lembrou.
Ela chamou a polícia e eles vieram e o prenderam por violar a ordem de proteção, que dura um ano. Ele foi solto na segunda-feira e voltou para casa naquele dia com uma escolta policial para pegar roupas.
Ingoglia disse que foi informada pelo promotor público assistente que Lynch está livre até 24 de setembro, sua próxima data no tribunal, e provavelmente será internado em uma clínica de reabilitação ambulatorial. A acusação de Lynch não é elegível para fiança, então o juiz decidiu colocá-lo em liberdade supervisionada, disse o gabinete do promotor público do Queens.
“O juiz Jeffrey Gershuny ordenou o mais alto nível de liberdade supervisionada para o réu”, disse a porta-voz do promotor.
Ingoglia disse que antes do incidente, ela era amiga de Lynch e sua esposa. “Na manhã anterior, ele me disse que tinha estado em uma reabilitação, e ele estava limpo e disse, ‘Eu sinto de repente que tenho esses poderes de cura.’”
Ingoglia, que comprou a casa, que originalmente era de seu avô siciliano, em 2012, após a morte de seus pais, teme por sua segurança e a das outras mulheres que moram no prédio.
“Tenho inquilinos que preciso proteger também”, ela disse. “Preciso saber onde ele vai ficar.”
O Post entrou em contato com o advogado de Lynch, que não respondeu.