Zico reprova número de estrangeiros no futebol brasileiro

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Ídolo do Flamengo participou de evento do Comitê Brasileiro de Clube nesta quinta-feira e defendeu a ideia dos clubes investirem mais

Nesta quinta-feira (13), Zico revelou que reprova o grande número de estrangeiros no futebol brasileiro. Em palestra realizada na primeira edição do CBC & Clubes Expo, em Campinas, o ídolo do Flamengo abordou tema sobre os rumos do esporte no país.

Foto: Divulgação

Assim, o ex-jogador de futebol defendeu a ideia de que os clubes brasileiros foquem mais na base, já que hoje “os craques de cada time são estrangeiros”. Aliás, usou o clássico entre Flamengo e Fluminense, da última quarta-feira (12), como exemplo.

“O Fla-Flu tinha nove estrangeiros. Os craques de cada time são estrangeiros. O número 10 do Flamengo, do Fluminense, do Corinthians e da maioria dos times brasileiros é estrangeiro. Então acabaram os 10 brasileiros”, disse Zico.

“Hoje os clubes criam os jogadores desde a base para vender. Não aproveitamos mais aqui. O nosso time de 81, 11 eram da base do Flamengo. Esse é um grande problema para o futebol brasileiro. Precisamos reduzir o número de estrangeiros e trabalhar mais a base. Precisamos formar mais craques brasileiros para jogar nos times brasileiros”, aconselhou o ex-jogador.

Técnicos estrangeiros

Além da grande presença de jogadores de outros países no Brasil, também há uma “febre” de treinadores estrangeiros no comando das equipes. Mas Zico atribuiu essa culpa aos próprios brasileiros, já que também fizeram isso em outros países ao redor do mundo.

“Eu acho que hoje em dia essa questão não é só técnico, mas muitos jogadores estrangeiros. Eu fui revelado por um técnico paraguaio e seria leviano se fosse contra isso. Mas acho que a grande culpa dessa invasão é dos próprios brasileiros. Anos atrás os técnicos brasileiros invadiram o futebol português e ensinaram tudo para eles. Os treinadores brasileiros também fizeram isso no mundo árabe e no continente asiático, além da Europa”, iniciou.

“Você pode reparar que nos grandes países que disputavam o ranking com o Brasil só eram técnicos nativos. Raramente você tinha um estrangeiro no comando. Isso arrebentou as raízes do futebol brasileiro. O próprio técnico brasileiro deu margem pra isso, eles não podem reclamar. A única reclamação que eles podem fazer é que os estrangeiros não precisam de muita coisa pra treinar aqui. Lá você precisava de diploma, aqui não tinha nenhuma restrição”, concluiu Zico.

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