Além do padre Paulo Araújo da Silva, Lorena e um amigo do sacerdote foram presos suspeitos por uma rede de pedofilia
Thalyson Gonçalves Marques, mais conhecido como ‘Lorena Marques’, a travesti presa na última sexta-feira (30), suspeita de envolvimento em estupros cometidos pelo padre Paulo Araújo da Silva, era a responsável por levar crianças e adolescentes para serem estupradas pelo sacerdote. Lorena fazia parte da paróquia e tinha uma amizade de confiança com o padre. Três pessoas já foram presas durante a operação; o padre, Lorena e Francisco Rayner, amigos do sacerdote.
De acordo com a polícia, os crimes ocorriam dentro da paróquia, no município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus). Lorena é apontada como responsável por aliciar e conduzir adolescente para programas sexuais envolvendo o padre. A prisão ocorreu na rua Valdencio, bairro Tauá Mirim, comunidade Izidoro, zona rural do município.
Conforme explicou o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, ‘Lorena’ era um dos principais alvos da operação. Ela é apontada como a responsável por aliciar e conduzir adolescentes para programas sexuais envolvendo o padre.
“A gente instaurou a 2ª segunda fase da investigação que envolve o padre. Essa continuidade se deu por conta de denúncias das vítimas de Talisson, conhecido como ‘Lorena’ que tinha como função aliciar os menores da paróquia para levar para o padre manter relações sexuais. Essa investigação vai continuar para verificar outros casos de aborto e relações sexuais com crianças. Mais de 200 vídeos foram verificados com o padre mantendo relações,” disse o delegado.
Segundo o delegado, o próprio padre quem filmava e armazenava as relações sexuais com as crianças e adolescentes.
Paulo Araújo foi preso no dia 18 de agosto, no município de Coari. Ele é suspeito de manter relações sexuais, filmar os atos e engravidar uma adolescente de 17 anos. A jovem, que era abusada sexualmente, desde os 14 anos, foi obrigada a abortar e o feto foi enterrado no quintal da casa de Francisco Rayner Barros Batista, 34, amigo do padre, a mando do próprio religioso. Francisco foi preso na última quinta-feira (22). O crime ocorreu no mês de setembro do ano de 2023.
Fonte: D24AM