Trio detido com R$ 2,5 milhões em shopping de Manaus é liberado pela Justiça

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Investigados responderão ao processo em liberdade; PF apura ligação com empresa suspeita criada em 2024

Os três homens detidos pela Polícia Federal com R$ 2,5 milhões em espécie dentro de uma mala, em um shopping na Zona Leste de Manaus, foram liberados para responder ao processo em liberdade. A decisão foi tomada pela Justiça Federal após audiência de custódia realizada na sexta-feira (5).

Foto: Divulgação

A prisão ocorreu na quinta-feira (4), quando Marcos Aurélio Santos da Cruz, Ruan Lima Silva e o cabo da Polícia Militar Rayron Costa Bezerra foram abordados por agentes logo após realizarem o saque milionário em uma agência bancária dentro do shopping.

Foto: Divulgação

Na decisão que embasou a liberação, a juíza Ana Paula Serizawa Silva Podedworny apontou diferenças na conduta dos investigados.

Participação do cabo Rayron Costa Bezerra
A magistrada entendeu que Rayron atuou apenas no transporte e segurança da quantia, sem envolvimento direto no saque, e o liberou sem fiança. Ele deve cumprir medidas como comparecimento aos atos processuais. O policial militar, ligado à Casa Militar, foi afastado das funções, teve a arma recolhida e perdeu o cargo de motorista no Governo do Amazonas. A PM abriu procedimento disciplinar.

Suspeita de participação direta no saque
Já Ruan Lima Silva e Marcos Aurélio Santos da Cruz foram apontados como responsáveis pela retirada dos R$ 2,5 milhões. Ambos foram liberados mediante pagamento de fiança — R$ 15.180 para Ruan e R$ 7.590 para Marcos — além de medidas cautelares, como apresentação mensal à Justiça, restrição de saída de Manaus e manutenção de endereço atualizado. Ruan poderá viajar a Manacapuru para visitar a namorada.

Empresa de fachada entra no alvo da PF
As investigações apontam que um dos detidos teria ligação com uma empresa aberta em 2024, registrada como papelaria e com capital social de R$ 10 mil. O endereço, porém, seria o mesmo de uma grande rede de colchões, o que levantou suspeitas sobre a real atividade do negócio.

A PF investiga indícios de lavagem de dinheiro e possível esquema de corrupção. O Ministério Público Federal deve analisar o pedido de quebra de sigilo dos celulares apreendidos.

Os três foram monitorados desde o momento do saque e abordados ainda dentro do shopping. O envolvimento de um policial militar no transporte do valor reforçou suspeitas de que o esquema poderia contar com apoio de servidores públicos.

A juíza destacou que ainda não há elementos suficientes para afastar dolo ou atipicidade e que o descumprimento das medidas cautelares poderá levar à prisão preventiva.

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