Redes sociais e adolescência: sinais de alerta e cuidado com a saúde mental

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Um dos grandes desafios para pais é identificar sinais de transtornos mentais que, muitas vezes, passam despercebidos

A saúde mental dos adolescentes tem sido tema de discussões, especialmente com a crescente exposição desse público às redes sociais, onde predominam, muitas vezes, os discursos de ódio, as comparações irreais e a cobrança por perfeição. Produções como a série Adolescência, da Netflix, que retrata a violência causada por um adolescente, e levanta temas como consumo de temáticas machistas e misóginas, serve para mostrar os inúmeros desafios enfrentados pelos jovens nesse mundo hiperconectado.

Foto: Divulgação

A psicóloga Maria do Carmo Lopes dos Santos, especialista em Psicologia Organizacional, Saúde Mental e Humanização na Atenção à Saúde, alerta que um dos grandes desafios para pais e responsáveis é identificar sinais de transtornos mentais que, muitas vezes, passam despercebidos. “O uso excessivo de celular e o isolamento social são indícios preocupantes, mas a mudança de comportamento, o desinteresse pelas atividades antes prazerosas e alterações no desempenho escolar precisam de atenção redobrada”, destaca a especialista.

“A internet e as redes sociais têm um papel ambíguo na vida dos adolescentes. Por um lado, permitem conexão e informação, mas também amplificam problemas como ansiedade, depressão e estresse, além de expor os jovens a discursos de ódio e padrões inalcançáveis de beleza e sucesso”, explica a psicóloga.

De acordo com ela, embora os pais tenham papel central no apoio aos filhos, a ajuda de educadores e amigos próximos também é fundamental. Para ela, os professores, que convivem diariamente com os adolescentes, percebem mudanças sutis e comportamentos que nem sempre são notados em casa.

“O adolescente, que está em formação e buscando aceitação social, pode ser influenciado pelo lado mais obscuro das redes sociais, levando a problemas de autoestima, isolamento e até ideação suicida. Por conta disso, não podemos menosprezar as mudanças de comportamento. É sempre importante procurar ajuda preventiva”, ressalta.

Para tornar o processo de busca por ajuda menos assustador para os jovens, a psicóloga defende que o diálogo aberto, sem julgamentos, é essencial. Ela enfatiza que espaços de escuta acolhedores e intervenções precoces são fundamentais para oferecer o suporte necessário. “Muitas vezes, o adolescente só precisa ser ouvido e compreendido, sem censura ou críticas”, orienta.

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