Relatório aponta que maioria das mortes ocorreu nas proximidades da fundação GHF, desde o fim de maio
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou nesta terça-feira (22) o Exército de Israel de matar mais de 1.000 palestinos na Faixa de Gaza enquanto buscavam ajuda humanitária, desde o início das operações da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), em 26 de maio.

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Segundo o órgão, até 21 de julho, 1.054 pessoas foram mortas nesse contexto, sendo 766 nas proximidades das instalações da GHF e outras 288 durante a tentativa de acesso a comboios de ajuda da ONU e de organizações humanitárias. As informações foram repassadas à AFP com base em dados fornecidos por equipes médicas, entidades de direitos humanos e agências humanitárias presentes no local.
A GHF iniciou a distribuição de alimentos após mais de dois meses de bloqueio israelense à entrada de ajuda em Gaza, em meio a alertas internacionais sobre o risco de fome. No entanto, segundo a ONU, a fundação é rejeitada por organizações humanitárias, que alegam que sua atuação estaria alinhada a objetivos militares israelenses, o que violaria princípios de neutralidade e imparcialidade.
O atual conflito teve início após o ataque do grupo Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, desencadeando ofensivas militares intensas por parte de Israel na região de Gaza.