Empresas têm prazo de três dias para esclarecer a interrupção dos serviços, que já dura seis dias
Após denúncias de constantes quedas de sinal, dificuldade para realizar chamadas, além de serviço de internet móvel inexistente, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Coari, instaurou, nesta sexta-feira (9), uma notícia de fato solicitando esclarecimentos das operadoras Vivo, TIM, Claro e Oi, por interrupção de serviços de telefonia e internet que prejudicam a população do município desde o dia 3 de agosto.
A iniciativa do promotor de Justiça Bruno Escórcio, titular da comarca e responsável pelo caso, tem como objetivo apurar o não funcionamento dos serviços, determinando que as operadoras esclareçam a situação no prazo de três dias corridos a partir do recebimento da notificação. Segundo o MPAM, as falhas nos serviços têm gerado transtornos significativos para a população, especialmente para aqueles que dependem da telefonia móvel para atividades comerciais, acadêmicas e necessidades básicas.
O despacho aponta que não há previsão para restabelecimento dos serviços, problema que tem causado diversos transtornos ao município. “A telefonia móvel é um serviço essencial, fundamental para o cotidiano das pessoas, seja para comunicação pessoal, trabalho ou acesso a serviços de emergência e informações. Em uma cidade como Coari, onde as distâncias são vastas e o acesso a algumas regiões é dificultado pela geografia, a eficiência dos serviços de telefonia é ainda mais crucial”, destacou o promotor de Justiça Bruno Escórcio.
O MPAM também solicitou que as operadoras forneçam, em até 15 dias úteis, um panorama atual dos serviços prestados na cidade e proponham melhorias. Além disso, devem informar as consequências financeiras para os consumidores que ficaram sem o serviço durante o período de interrupção.
Cenário problemático
A situação em Coari reflete um problema que os moradores enfrentam há muito tempo: a má qualidade dos serviços de telefonia móvel na cidade. A ausência de uma loja física das operadoras no município agrava a situação, dificultando o acesso a informações e a resolução de problemas pelos consumidores.
O Ministério Público ressalta que a telefonia móvel é um serviço essencial e a falha em sua prestação não só compromete a qualidade de vida da população, mas também sua segurança, dificultando o contato com autoridades e serviços de emergência em momentos críticos. Espera-se que as operadoras tomem as medidas necessárias para normalizar os serviços o mais rápido possível, atendendo às necessidades da população de Coari.