O inquérito conduzido pela PF investiga um suposto golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta terça-feira (26), o relatório final do inquérito conduzido pela Polícia Federal (PF), que investiga um suposto golpe de Estado envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36 indiciados.
Moraes tirou o sigilo do documento, exceto no que se refere à delação premiada do coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A decisão da PGR sobre o futuro do caso, incluindo a possível denúncia contra Bolsonaro e os demais envolvidos, será tomada em fevereiro de 2025.
Nesse prazo, a PGR poderá arquivar o inquérito, apresentar uma denúncia ou solicitar novas investigações. Caso uma denúncia seja formalizada, o ministro Alexandre de Moraes poderá aceitá-la, o que daria início a uma ação penal.
Moraes explicou que, durante a investigação, a imposição de sigilo era necessária para o cumprimento de diversas diligências e medidas investigativas. No entanto, com a conclusão das investigações e o envio do relatório final, não há mais justificativa para a manutenção do sigilo, permitindo a divulgação do conteúdo.
Na semana passada, a PF havia decidido indiciar o ex-presidente Bolsonaro no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além de Bolsonaro, 36 pessoas foram indiciadas, incluindo os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O relatório da investigação foi então encaminhado ao STF para as devidas providências.
A continuidade do processo depende agora da análise da PGR, que terá a responsabilidade de definir os próximos passos legais.