Polícia Civil apura prescrição e aplicação inadequada de adrenalina no caso do menino Benício Xavier, de 6 anos
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) cumpriu, nesta quinta-feira (18), um mandado de busca e apreensão na residência da médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício Xavier, de 6 anos, em Manaus. A medida integra o inquérito que apura possíveis falhas no atendimento médico prestado à criança.

Foto: Montagem Amazon News / Divulgação
Durante a operação, foram apreendidos o telefone celular da médica, documentos e um carimbo que indicava especialidade em pediatria. De acordo com a polícia, Juliana Brasil não possui título oficialmente reconhecido na área, o que pode configurar irregularidade no exercício profissional. Todo o material recolhido será submetido à análise pericial.
As investigações apontam que a médica teria prescrito uma dosagem inadequada de adrenalina, medicamento que exige critérios técnicos rigorosos, sobretudo em atendimentos pediátricos. A substância, segundo a apuração policial, pode ter contribuído para o agravamento do estado de saúde da criança.
Além da médica, a técnica de enfermagem Raiza Bentes também é investigada no caso. Conforme a PC-AM, ela teria administrado a adrenalina diretamente na veia do paciente, procedimento que, de acordo com os investigadores, não estaria indicado para a situação clínica apresentada.
Apesar das suspeitas, as investigadas respondem ao inquérito em liberdade. A Justiça negou o pedido de prisão preventiva solicitado pela polícia, seguindo parecer do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), que avaliou não estarem configurados, neste momento, os requisitos legais para a detenção.

