A mulher estava presa há oito meses, suspeita de envolvimento na morte do principal suspeito do crime contra sua filha de 1 ano
Nessa segunda-feira (7), a Justiça do Amazonas decidiu revogar a prisão preventiva de Vitória Assis Nogueira, mãe de Lailla Vitória, menina de um ano e sete meses que foi estuprada e morta em setembro de 2024 no município de Jutaí, interior do Amazonas.

Foto: Divulgação
Vitória estava presa há oito meses, suspeita de envolvimento na morte de Gregório Patrício da Silva, principal suspeito do crime contra sua filha. Quatro outros réus também tiveram a prisão revogada.
Gregório foi linchado por moradores após ser retirado da delegacia de Jutaí e morto em praça pública. Seu corpo foi queimado após as agressões.
O caso gerou grande comoção nacional, especialmente devido à brutalidade do crime contra a criança.
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O advogado Vilson Benayon, que defende Vitória ao lado da criminalista Mayara Bicharra, disse que a decisão representa um “gesto de justiça”, já que a mãe sofreu uma “dupla penalidade”: além de perder a filha, ficou presa por um período considerado excessivo.
A audiência, que durou mais de 11 horas, ouviu mais de dez testemunhas, incluindo policiais civis, militares e guardas municipais.
Ao final, a defesa pediu a revogação da prisão preventiva, argumentando que o prazo legal já havia sido ultrapassado.
O Ministério Público concordou com o pedido, destacando que, dos 16 acusados no processo, apenas cinco permaneciam presos.
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O juiz reconheceu o excesso de prazo e determinou a soltura dos réus, impondo medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal.
O caso continua em andamento, com uma nova audiência a ser marcada.
O crime de Lailla Vitória chocou o país e segue sob forte repercussão, enquanto a Justiça busca esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos.
*Com informações da assessoria