Responsável admitiu que as redes foram usadas para que aves não comessem frutos produzidos na área rural
A Operação Safari Amazônico, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), flagrou diversos crimes ambientais em Manaus e no interior do Amazonas, mas um deles chamou a atenção pela forma de captura de aves. Os fiscais do Ibama encontraram 62 aves mortas em redes de pesca instaladas ao redor de um imóvel rural.

Foto: Divulgação
Entre as espécies identificadas estavam curicas-verdes, maracanãs-do-buriti, maitacas roxas, periquitos, tucanos, araçaris, sanhaços, bem-te-vis e até morcegos.
As redes foram removidas e apreendidas para evitar novos incidentes. Um funcionário da propriedade relatou que as redes foram instaladas pelo proprietário, para proteger os frutos das palmeiras-açaí cultivadas no local. O funcionário foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos, e o proprietário foi multado em R$ 242.500,00 por matar espécimes da fauna silvestre, conforme o art. 24 do Decreto 6.514/2008. O caso ocorreu na comunidade Novo Remanso, no município de Itacoatiara, a 270 km de Manaus.
A ação ocorreu em parceria com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA). Na cidade de Itacoatiara, os agentes apreenderam nove aves mantidas em cativeiro sem autorização. Entre elas, seis passeriformes (curió, peito-roxo, sabiás-gonga, cardeal-da-amazônia e bem-te-vi) e três psitacídeos (periquito-santo). A mulher que estava com os animais afirmou que adquiriu as aves de terceiros. Ela foi autuada e multada em R$ 18.000,00. As gaiolas utilizadas para manter os animais também foram apreendidas.
A operação investigou ainda denúncias sobre o uso de fogos de artifício para espantar aves abrigadas em uma palmeira em restaurante na orla de Itacoatiara. O responsável pelo estabelecimento admitiu ter soltado os fogos, danificando o abrigo de 20 psitacídeos. A ação foi registrada em vídeo e amplamente divulgada nas redes sociais. O infrator foi multado em R$ 100.000,00.
As ações realizadas resultaram em apreensões significativas e multas que totalizam R$ 370.500,00, reforçando a importância da fiscalização e da preservação ambiental na região.