Deputado teve 444 votos na disputa pela presidência; Marcel Van Hattem, com 31 votos, foi o segundo e Pastor Henrique Vieira, com 22 votos, o terceiro
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) se tornou o segundo presidente da Câmara dos Deputados mais votado da história da Câmara neste sábado.
O parlamentar teve o apoio de 444 dos 513 deputados. Em segundo, com 31 votos, ficou Marcel Van Hattem (Novo-RS). Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) conseguiu 22 votos, ficando na terceira colocação.
Com esse número, Motta não ultrapassou seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), que continua sendo o mais votado da história, já que obteve 464 apoios em 2023. A terceira colocação do pódio é dividida entre Ibsen Pinheiros (MDB-RS), em 1991, e de João Paulo (PT-SP), em 2003, com 434 em cada ocasião.
Agora, o político tem como principal desafio se equilibrar entre os interesses conflitantes de governistas e bolsonaristas.
Os aliados de Jair Bolsonaro depositaram votos nele à espera de ver pautados projetos que podem ditar os rumos da direita nos próximos anos, como a anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e um eventual texto que possa reverter a inelegibilidade do ex-mandatário.
Os petistas, por sua vez, esperam que as iniciativas sigam engavetadas.
Na corda bamba de interesses, Motta também terá o desafio de se equilibrar entre uma relação mais amistosa com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a cobrança de líderes do centro e da oposição por respostas ao Judiciário, após interferências em temas do Congresso, como o bloqueio de emendas parlamentares.
Antes mesmo de ser eleito, ele já emitia sinais de paz e chegou a se reunir com os ministros no fim do ano passado.
Próximo ao Centro, Motta hoje tenta se desvencilhar da pecha de ex-integrante da “tropa de choque” de Cunha e do passado como opositor dos petistas.