Doença, considerada negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) aproveita o Dia Mundial da Doença de Chagas, celebrado nesta segunda-feira (14), para reforçar o alerta sobre a importância da prevenção. A doença, considerada negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e tem como principal forma de transmissão o contato com fezes de insetos conhecidos popularmente como barbeiros (triatomíneos).

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A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, ressalta que o enfrentamento à Doença de Chagas exige ações integradas de vigilância, diagnóstico precoce e educação em saúde, especialmente em áreas com maior risco de transmissão. “No Amazonas, o vetor da doença está presente e costuma habitar palmeiras, como as do açaí e do buriti. Por isso, é fundamental adotar boas práticas na colheita, manipulação e preparo desses alimentos, principalmente em comunidades rurais”, alerta Tatyana.
De acordo com o responsável técnico da Vigilância Epidemiológica da FVS-RCP, Alexsandro Melo, dois casos de Doença de Chagas aguda foram confirmados no Amazonas em 2025. “As formas de transmissão foram diferentes: um caso por via vetorial e outro por via oral, relacionada ao consumo de alimentos contaminados. É importante que o indivíduo procure imediatamente o serviço de saúde ao perceber sintomas suspeitos, para que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível”, reforça Alexsandro.
Como prevenir a Doença de Chagas
Transmissão Vetorial – ocorre quando o barbeiro pica e defeca na pele. Ao coçar, a pessoa pode levar o parasita para dentro do corpo.
Principais cuidados:
– Vedação de rachaduras em paredes;
– Uso de telas em portas e janelas;
– Higiene da casa e arredores;
– Uso de proteção individual como repelentes, roupas de manga longa e etc.
Transmissão oral – ocorre pela ingestão de alimentos, como açaí, buriti, abacaba, cana-de-açúcar, entre outros, contaminados com fezes ou fragmentos do barbeiro.
Principais cuidados:
– Lavar bem frutas antes do consumo ou preparo.
– Comprar polpas de açaí e outros produtos de locais inspecionados.
– Evitar consumir alimentos crus de origem duvidosa.