A Feira da Banana, um dos mais tradicionais pontos de comércio de Manaus, foi palco de um escândalo político que expõe o oportunismo e a falta de compromisso de alguns representantes eleitos. O Sindicato dos Feirantes de Manaus denunciou os vereadores Coronel Rosses e Sargento Salazar por interferirem em uma operação legal da Prefeitura e, pior, por agredirem um idoso servidor municipal.

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A Prefeitura de Manaus realizava uma ação baseada na Lei Municipal 123/2004, que combate a venda e o aluguel ilegal de boxes nas feiras, um esquema que alimenta a corrupção e prejudica trabalhadores honestos. No entanto, os vereadores decidiram intervir em defesa da ilegalidade, adotando uma postura truculenta e ofensiva contra feirantes e servidores públicos. Em vez de atuarem como fiscalizadores do cumprimento das leis, agiram para enfraquecê-las e proteger interesses escusos.
A atitude de Rosses e Salazar vai além do simples oportunismo político; trata-se de um verdadeiro abuso de poder. Usando a câmara como palanque e a polêmica como estratégia de autopromoção, os parlamentares transformaram um ato administrativo legítimo em um espetáculo vergonhoso. Mas a pergunta que fica é: quem, de fato, eles estão defendendo?
Diante disso, cabe à Câmara Municipal abrir uma investigação séria sobre esses atos. Não podemos aceitar que políticos se coloquem acima da lei e usem o mandato para tumultuar a ordem pública em busca de curtidas nas redes sociais. O povo manauara merece respeito, transparência e, acima de tudo, representantes que honrem o cargo que ocupam.
Até quando a política de espetáculo substituirá a verdadeira representação popular?