Carretas formam fila na BR-319, abastecidas de mantimentos e enfrentam dificuldades por conta da estiagem severa na região
A dificuldade de acesso e a alta dos preços dos alimentos são motivo de preocupação no Amazonas. Isso porque boa parte das carretas que formam uma fila de quilômetros na ponte do rio Igapó-Açu, na BR-319, está abastecida de mantimentos e enfrentam dificuldades por conta da estiagem severa na região.
Na sessão desta quarta-feira (9) da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE), o deputado estadual Rozenha (PMB) alertou para um possível desabastecimento no Estado. Isso porque boa parte das carretas que formam uma fila de quilômetros na ponte do rio Igapó-Açu, na BR-319, está abastecida de mantimentos.
“É bom que se diga que dentro dessas carretas está a comida que vai abastecer a cidade de Manaus e a Região Metropolitana. Toda a carga corre o risco de se perder”, alertou o deputado.
Rozenha afirma que o maior prejuízo não é financeiro. Segundo ele, está em jogo o custo de vida de Manaus, a capital que detém a 5ª economia do país.
Para o deputado, a crise é reflexo de um verdadeiro crime cometido pelas autoridades federais, pois em dois anos, praticamente nada foi feito para a reconstrução das pontes, mesmo diante do alerta da severidade da seca na Amazônia – previsão feita ainda em 2023 por cientistas ambientais.
“Os mecanismos de controles ambiental e climático avisaram que iríamos travar. Hoje, Manaus corre o risco de ter o quilo do tomate a 20 reais, o quilo da batata ou da cebola a 18 reais, o quilo do frango a 50 reais. Tudo por culpa da irresponsabilidade de quem devia salvaguardar a logística do Amazonas”, afirmou o parlamentar.
O deputado atribui o aparente descaso com as necessidades do povo do Amazonas à baixa representação nas urnas e na economia nacional.
“Aqui tem pouco voto e nossa economia, apesar de ser pujante, no contexto geral representa pouco. Nosso Distrito Industrial foi salvo pela iniciativa privada. Enquanto isso, a Amazônia Ocidental só tem valor nos fóruns climáticos pelo mundo. Mas aqui tem gente, tem seres humanos, brasileiros, amazonenses, irmãos e irmãs nossos”, declarou Rozenha.