Doenças cardiovasculares são responsáveis por um óbito a cada 90 segundos, segundo a SBPC
Celebrado nesta quinta-feira (8), o Dia Nacional de Combate ao Colesterol objetiva alertar a população sobre os riscos do colesterol alto e a importância de adotar hábitos saudáveis para preveni-lo, já que, quando elevado, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que são a causa mais comum de mortes no Brasil e no mundo.
O Ministério da Saúde (MS) destaca que o colesterol faz parte da estrutura das células do organismo e desempenha funções importantes no corpo, como na formação de ácidos biliares que atuam na digestão. A preocupação é quando ocorre o excesso da partícula LDL, conhecida popularmente como colesterol “ruim”, que pode entupir as artérias, dificultando a circulação sanguínea.
Supervisor farmacêutico da rede Santo Remédio, Arthur Emídio explica que, em alguns casos, o tratamento medicamentoso orientado por um profissional médico é necessário. Quando isso ocorre, são administrados remédios que ajudam a reduzir os níveis de colesterol no organismo. “O tratamento é sempre associado a alguma prescrição por um especialista, combinado com uma mudança de hábitos e estilo de vida. Evitar alimentos ricos em gordura saturada, incluir carnes magras no cardápio, evitar bebidas alcoólicas e comer alimentos ricos em fibras são algumas das recomendações”, comenta o profissional.
Arthur destaca que as farmácias são consideradas estabelecimentos de assistência à saúde, conforme a Lei 13.021/2014, e estão aptas a prestar atendimento básico de orientação na manutenção sobre os tratamentos. Parte dos serviços inclui a disponibilização de Exames Laboratoriais Remotos (TLR) que ajudam a monitorar os níveis de colesterol.
“Nossas drogarias oferecem o teste rápido de Perfil Lipídico, que nos permite analisar as quantidades dos colesteróis LDL, HDL, triglicerídeos e colesterol total. Também disponibilizamos aparelhos que permitem medir o nível de colesterol em casa, com uma amostra de sangue”, afirma.
Dados
Criada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a plataforma ‘Cardiômetro’ estima que 234 mil pessoas tenham falecido por doenças cardiovasculares, no país, até 31 de julho. O número equivale a uma morte a cada 90 segundos.
Segundo a Estatística Brasil, a taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares, no Amazonas, foi de 145,2 óbitos a cada 100 mil habitantes em 2021. O número era o mais baixo entre os estados da região Norte, liderada por Roraima (211,6/100 mil/hab) no ranking. O levantamento foi divulgado em 2024 pela SBC e mostra a importância de acompanhar os níveis de colesterol no sangue, assim como tratar a elevação do LDL, quando aumentado.
Foto: Freepik