Na semana passada, o nome de Flávio foi incluído na lista de pessoas desaparecidas mantida pela organização internacional
O desaparecimento do brasileiro Flávio de Castro, de 36 anos, em Paris, completa duas semanas, nesta terça-feira (10). O fotógrafo chegou na França no início do mês de novembro, a trabalho. Ele estendeu a viagem e deveria voltar para Belo Horizonte, onde mora, no dia 26 de novembro. No dia 26, Flávio chegou a conversar com um amigo nas redes sociais, mas parou de responder no fim do dia. Ainda não há informações sobre seu paradeiro.
Na semana passada, o nome de Flávio foi incluído na lista de pessoas desaparecidas mantida pela organização internacional. A chamada “Difusão Amarela” permite que informações, como idade, nacionalidade e possíveis locais visitados, sejam enviadas a mais de 196 países. Na semana passada, a polícia francesa iniciou as buscas pelo fotógrafo em necrotérios, hospitais, centros psiquiátricos e centros sociais, mas não encontrou nada.
Também na semana passada, os amigos de Flávio levaram as malas do brasileiro, que ficaram no apartamento que ele havia alugado em Paris, na Embaixada brasileira na cidade. As malas foram abertas pelas autoridades, mas nada que pudesse ajudar nas investigações sobre seu desaparecimento foram encontradas. O passaporte do mineiro também estava no apartamento, com a bagagem.
Últimos passos
Mensagens trocadas com um amigo francês registram os últimos passos de Flávio em Paris. Na troca, ele conta ao amigo, que na madrugada do dia 26, ele sofreu um acidente e caiu no Rio Sena. Ele relata que teria socorrido pelos bombeiros e levado ao hospital. Após receber alta, o fotógrafo foi ao escritório que administra o apartamento onde ele estava hospedado, para prolongar a estadia.
No último contato com o amigo, Flávio mostra como ficou o casaco após cair no rio e diz que vai descansar. Depois disso, ele não foi mais visto e nem respondeu mais às mensagens. No dia seguinte, o celular de Flávio foi encontrado em um vaso de plantas de um restaurante próximo ao local onde teria acontecido seu acidente.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Paris, informou que tem conhecimento do caso, está em contato com as autoridades locais e presta assistência consular aos familiares do nacional. Amigos de Flávio que estão na cidade tentam divulgar o desaparecimento do brasileiro na mídia francesa e espalham cartazes com informações do brasileiro pela cidade.