Parlamentar foi condenada a 10 anos por invasão aos sistemas do CNJ e está sob processo de extradição
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi presa na Itália após mais de um mês foragida. Ela havia deixado o Brasil no início de junho, semanas após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la a dez anos de prisão em regime fechado pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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A informação foi confirmada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos. Segundo fontes, a prisão ocorreu para fins de extradição, já que há um processo em andamento e tratados nesse sentido entre Brasil e Itália.
No entanto, como Zambelli possui cidadania italiana, ela poderá solicitar autorização para permanecer no país. Nesse caso, poderá responder ao processo de extradição em liberdade.
A localização da parlamentar foi divulgada pelo eurodeputado Angelo Bonelli, que afirmou nas redes sociais que ela estava em um apartamento em Roma. O nome de Zambelli constava na lista de difusão vermelha da Interpol, mecanismo que alerta polícias internacionais sobre procurados em outros países. A inclusão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Com o trânsito em julgado da condenação, o STF encerrou a possibilidade de novos recursos por parte da defesa, e Moraes autorizou o pedido de extradição por parte do governo brasileiro.
Antes de chegar à Itália, Zambelli passou pelos Estados Unidos. Ela declarou ter deixado o Brasil por questões de saúde e em defesa da liberdade de expressão, e acreditava estar protegida da Justiça brasileira em razão de sua cidadania italiana.