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Tribunal rejeitou pedido de prisão domiciliar da defesa e confirmou validade da detenção com base em tratados internacionais de extradição
A Justiça da Itália decidiu manter a prisão cautelar da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que segue detida em Roma. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (19), após audiência realizada no Tribunal de Apelações na última quarta-feira (13).
Foto: Divulgação
De acordo com a Corte, a prisão da parlamentar ocorreu de forma regular e está amparada por tratados internacionais de extradição. A Advocacia-Geral da União apresentou documentos que reforçaram a legalidade do processo, sustentando que o mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a Difusão Vermelha da Interpol foram suficientes para a detenção.
A defesa de Zambelli havia solicitado a conversão da prisão em regime domiciliar, alegando ausência de condições de saúde adequadas no cárcere italiano, inexistência de um pedido internacional válido e falta de solicitação formal de extradição pelo Brasil. No entanto, o tribunal rejeitou todos os argumentos, ressaltando que a Difusão Vermelha é reconhecida internacionalmente como base para prisões provisórias.
A situação médica da deputada ainda será avaliada. Uma perícia oficial foi marcada, e o laudo será apresentado em audiência no dia 27 de agosto, quando a Corte decidirá se ela permanecerá em cárcere ou poderá cumprir prisão domiciliar por questões de saúde.
Carla Zambelli foi condenada pelo STF a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica, em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto. Após a sentença, a parlamentar deixou o Brasil e foi localizada em Roma, onde acabou presa em julho em ação conjunta entre autoridades brasileiras e italianas.
