Conflito na Fronteira entre Tailândia e Camboja se intensifica e deixa 19 mortos

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O país acusa a Tailândia de atacar intencionalmente a infraestrutura civil, classificando a ação como uma violação do direito humanitário internacional

Tailândia – Os confrontos mortais entre Tailândia e Camboja em sua fronteira disputada sofreram uma escalada significativa, resultando em pelo menos 19 mortes, incluindo soldados e civis. A violência em curso provocou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas em ambos os lados da divisa. Diante da intensificação da violência, o Camboja solicitou formalmente a intervenção do Conselho de Segurança da ONU. O país acusa a Tailândia de atacar intencionalmente a infraestrutura civil, classificando a ação como uma violação do direito humanitário internacional.

Foto: Divulgação

Por sua vez, o primeiro-ministro da Tailândia, Anutin Charnvirakul, declarou que pretende “explicar e esclarecer” a situação ao presidente dos EUA, Donald Trump, durante uma ligação telefônica programada.

Esta escalada representa a escaramuça mais letal entre os dois vizinhos do Sudeste Asiático desde um conflito de cinco dias ocorrido em julho. Aquele confronto só terminou após um cessar-fogo intermediado por Donald Trump e pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim.

O centro da disputa de fronteira, que se arrasta por décadas, está no Triângulo Esmeralda, uma região que abriga diversos templos reivindicados por ambas as nações.

Um acordo de paz assinado em outubro, à margem da cúpula da ASEAN, foi supostamente violado. A Tailândia acusa o Camboja de ter colocado novas minas terrestres na região, o que teria motivado a retomada das hostilidades. Em resposta, a Tailândia conduziu ataques aéreos em território cambojano, alegando que a ação foi uma resposta a um ataque terrestre. Inicialmente, o Camboja negou ter retaliado, mas posteriormente prometeu revidar.

Foto: Divulgação

O embaixador do Camboja nas Nações Unidas fez um apelo formal ao órgão internacional para que pressione a Tailândia a cessar imediatamente todos os ataques e permita o início de uma missão independente de apuração dos fatos.

A Tailândia, contudo, nega veementemente ter como alvo a infraestrutura civil – um ato considerado um crime de guerra sob o direito internacional.

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