O “GilCaê” terá um toque regional, com o “sotaque amazônico” nas releituras de clássicos, neste sábado
O Casarão de Ideias será palco espetáculo “GilCaê”, uma homenagem à obra de dois dos maiores ícones da Música Popular Brasileira (MPB): Gilberto Gil e Caetano Veloso. O show ocorrerá no neste sábado (14), às 19h30. Ingressos à venda pela internet, na plataforma Sympla. O espaço está situado na Rua Barroso, Centro.
O “GilCaê” terá um toque regional, com o “sotaque amazônico” nas releituras de clássicos interpretados pelo duo composto por Gabriella Dias e Nando Montenegro, dois talentosos artistas amazônidas.
“Este é um retorno aguardado por quem já teve a chance de presenciar as edições anteriores. A cada versão, apresentamos novos elementos, sem perder a intensidade e emoção características que sempre tocaram o coração do público”, diz Gabriella.
No repertório, clássicos atemporais de Gil e Caetano são revividos com uma abordagem intimista e pessoal, intercalados por histórias e memórias que conectam os cantores amazonenses às canções.
“É muito legal de fazer, é uma comunhão em torno da música e tudo de uma maneira intimista e aconchegante que a gente adora porque traz sinceridade e espontaneidade”, disse Nando.
Para os cantores amazonenses, o espetáculo “GilCaê” possibilitou um mergulho na história musical dos homenageados.
“Então, antes de qualquer coisa, eu sou fascinado pela obra do Gil e do Caetano. Uma obra diversa, uma obra completamente conectada com a história do Brasil e a história do mundo. Riquíssima musicalmente, eles são uma escola de música brasileira. E quem me toca em muitos pontos, não só musicais, mas líricos, e trazem percepções ricas da vida, do espírito, do ser artista e do ser humano. Enfim, eu sou fascinado pelo trabalho deles dois. São duas das minhas maiores referências. E poder fazer esse show é uma outra maneira de consumi-los, de digeri-los. E de me aproximar deles, então é um trabalho fantástico e delicioso de fazer esse show”, explicou Nando.
Gabriella Dias e Nando Montenegro apresentam um espetáculo que não só explora as melodias e letras, mas também convida o público a refletir sobre temas que passeiam do sagrado ao profano e vão além da música: a vida, o amor, a sensualidade, o corpo, a espiritualidade, o divino individual e o etéreo, características recorrentes nas obras de Gil e Caetano.
“Cada vez que a gente revisita essas obras é como se estivesse lendo um livro de novo, sabe? Um livro que a gente gosta muito. E aí, então, cada vez que a gente lê esse livro, a gente tem novas percepções sobre isso. É um show que as pessoas se sentem renovadas, abraçadas, com a alma lavada. É um show que emociona, que realmente leva às lágrimas. Pelas músicas, pela nossa interpretação”, disse a cantora.
Nando destaca ainda a oportunidade de se aprofundar no repertório de Gil e Caetano como algo importante para sua formação como artista.
“E também tem um outro lado, que é o lado da experiência de estudar essas músicas, de estudar essa obra tão rica musicalmente, e que me engrandece como músico, como compositor, e é isso”, disse o cantor.
Similaridades
Gabriella também revela que o show “GilCaê” nasceu de forma orgânica, resultado da paixão compartilhada entre ela e Nando pelas obras dos homenageados. Mas, as ligações entre eles não param no âmbito da música, pois as duplas compartilham também similaridades astrais.
“A mãe dele [Nando] é super fã do Caetano, tanto que eles nasceram, quer dizer, o Nando nasceu no mesmo dia que o Caetano. Eles fazem aniversário juntos. O Gil é canceriano, assim como eu. Já o Caetano é leonino, assim como o Nando. Então, eu acho que com essa astrologia, são energias que se complementam”, revela a cantora.
Gabriella e Nando, amigos e parceiros de longa data, são fãs e profundamente inspirados pelas obras de Gil e Caetano, que influenciam diretamente seus próprios trabalhos autorais, sejam de modo solo ou nos grupos musicais que participam.
“Quanto mais eu conheço a obra e a vida deles dois [Gil e Caetano], eu vejo quanto eles são mestres, sabe? De encarar a vida de outra forma. De conseguir ver a beleza para além das materialidades, para além do status quo, né? Para além do que a sociedade diz que devem ser nossas preocupações. Estão muito em serviço da Deusa Música, da arte. Uma coisa muito superior, na minha opinião. Então, eu acho que o público vê essa verdade no palco, ele realmente percebe essa devoção, esse amor que a gente tem”, finaliza Gabriella.