O primeiro-ministro canadense, se manifestou contra as tarifas e afirmou que “nada justifica essas medidas” de Washington
O Canadá e a China anunciaram medidas de retaliação em resposta às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que começaram a valer nesta terça-feira (4). As avaliações comerciais de ambos os países são de 20% e 25%, respectivamente, aos produtos chineses e canadenses importados para os Estados Unidos.

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O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se manifestou contra as tarifas e afirmou que “nada justifica essas medidas” de Washington.
Trudeau explicou que, caso as tarifas dos EUA entrem em vigor, o Canadá responderá com a aplicação de uma taxa de 25% sobre US$ 155 bilhões em bens norte-americanos, a partir da meia-noite desta terça-feira.
O Canadá, o México e a China juntos representam mais de 40% das importações dos Estados Unidos.
As tarifas impostas por Trump, que aumentam de 10% a 20% sobre produtos chineses, são uma resposta à alegada ineficácia da China em combater o tráfico de fentanil, um opioide que contribui para uma crise de overdose nos Estados Unidos.
As novas tarifas entram em vigor após o presidente norte-americano publicar uma ordem executiva nesta segunda-feira (3), detalhando que a China não fez o suficiente para conter a entrada de fentanil no país.
Em resposta, a China anunciou a imposição de tarifas adicionais de 10% e 15% sobre uma série de produtos alimentares dos Estados Unidos, incluindo soja, trigo e frango.
Também serão aplicadas tarifas extras de 10% sobre sorgo, carne suína, carne bovina, produtos aquáticos, frutas, vegetais e laticínios. O governo chinês classificou a medida como uma retaliação necessária às novas avaliações impostas pelos EUA.
O impacto dessas tarifas será sentido principalmente na indústria automotiva dos EUA.