Bolsonaro reivindica criação do Pix e se oferece para intermediar diálogo com Trump

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta quinta-feira (17) em coletiva de imprensa, que o sistema de pagamentos instantâneos Pix foi uma iniciativa de sua gestão.

Ele também sugeriu que a investigação comercial iniciada pelos Estados Unidos contra o Brasil estaria relacionada ao impacto econômico gerado pelo uso da ferramenta.

Foto: Divulgação

“Antes do Pix, só havia o cartão. Os bancos tiveram prejuízo comigo, com o Pix junto com TED (Transferência Eletrônica Disponível) e DOC (Documento de Ordem de Crédito), de mais de R$ 20 bilhões. E eu não impus imposto sobre o Pix”, disse. “O Pix tem nome: Jair Bolsonaro.”

Apesar da declaração, vale lembrar que o desenvolvimento do Pix teve início em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB). O sistema só foi lançado oficialmente em novembro de 2020, já sob a administração de Bolsonaro. Inclusive, quando o ex-presidente foi questionado por um apoiador sobre o Pix pela primeira vez, demonstrou não saber do que se tratava, associando o termo à aviação civil.

Bolsonaro quer negociar com Trump

Na ocasião, Bolsonaro se colocou à disposição para dialogar com o ex-presidente americano Donald Trump a fim de tentar conter o conflito tarifário entre os dois países.

Confiante, Bolsonaro afirmou que poderia interromper a investigação comercial e a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros. “Acredito que teria êxito em uma reunião com o presidente Trump. Estou disponível”, declarou. “Se me derem um passaporte, eu vou negociar.”

O documento de viagem de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024, durante uma operação da Polícia Federal que apura uma suposta tentativa de golpe.

Bolsonaro não se acha responsável por taxação americana

Indagado sobre a possibilidade de ser responsabilizado pela nova política tarifária norte-americana, Bolsonaro rejeitou a hipótese: “A culpa é minha? Ele (Trump) está fazendo isso com o mundo inteiro.”


De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (16), 72% dos brasileiros consideram injusta a imposição das novas taxas por parte dos EUA, mesmo diante de acusações de perseguição judicial contra Bolsonaro. Apenas 19% apoiam a decisão de Trump.

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