Bolsonaro nega ligação com Carla Zambelli após prestar depoimento à PF: “Não tenho nada a ver com ela”

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A convocação de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou, nesta quinta-feira (5), qualquer relação com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente alvo de investigações da Polícia Federal por supostos crimes de coação e obstrução de investigações. A declaração foi dada após Bolsonaro prestar dois depoimentos na sede da PF, em Brasília.

Foto: Divulgação

“Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli. Não fiz nenhuma transferência via Pix para ela”, afirmou o ex-presidente, ao ser questionado por jornalistas na saída da oitiva. Bolsonaro ainda disse que acompanha o caso apenas pela imprensa e que desconhece detalhes do processo: “A gente não conhece os autos”.

A convocação de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de dois inquéritos. Um deles investiga a suposta atuação de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos, com o objetivo de influenciar autoridades norte-americanas a se posicionarem contra ministros do STF e outras instituições brasileiras.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), essas ações podem configurar crimes como coação no curso do processo, tentativa de obstrução de investigações sobre organização criminosa e até possível tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Segundo a PGR, o objetivo seria interferir em procedimentos que envolvem o próprio Jair Bolsonaro.

Zambelli incluída na lista da Interpol

Enquanto isso, a deputada Carla Zambelli teve seu nome incluído na lista de difusão vermelha da Interpol, a pedido da Polícia Federal. Com a inclusão, ela pode ser localizada e detida em qualquer país, caso seja identificada pelas autoridades locais.

O pedido foi feito após o ministro Alexandre de Moraes decretar a prisão preventiva da parlamentar na última quarta-feira (4). A decisão ocorreu poucos dias depois de Zambelli deixar o Brasil, após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsificados.

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