Ansiedade e tensão emocional podem desencadear problemas urológicos

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Especialista afirma que o estresse crônico é um gatilho importante para uma série de disfunções urológicas

Se você sente vontade de urinar com frequência quando está nervoso, ou, percebeu que, em períodos de estresse, surgem desconfortos urinários sem causa aparente, a explicação pode estar na conexão direta entre o sistema nervoso e o aparelho urinário.

Foto: Divulgação

O presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) cirurgião urologista Giuseppe Figliuolo, explica que o estresse crônico é um gatilho importante para uma série de disfunções urológicas, muitas vezes subestimadas.

“A bexiga é altamente sensível a alterações emocionais. Pessoas ansiosas ou sob tensão constante podem desenvolver desde urgência urinária até dor pélvica crônica, mesmo sem infecções ou causas anatômicas”, explica Figliuolo, que é doutor em saúde pública e atua na Clínica Urocentro Manaus.

De acordo com o especialista, no caso dos homens, o estresse também pode afetar a próstata. Ele explica que estudos recentes apontam que quadros de prostatite (inflamação da próstata) não bacteriana têm forte componente psicossomático.

“O paciente sente dor, desconforto ao urinar e até dificuldade sexual, mas, os exames não identificam infecção. Em muitos casos, o estresse é o principal vilão”, destaca o Giuseppe Figliuolo.

Especialista com mais de 20 anos de atuação na área de uro-oncologia, ele destaca que o estresse está associado a várias alterações de saúde, entre elas, o câncer, conforme apontam inúmeras pesquisas.

Entre os sintomas mais comuns relacionados ao estresse estão:

• Aumento da frequência urinária, inclusive à noite;
• Sensação constante de bexiga cheia;
• Dor ou queimação ao urinar;
• Tensão muscular na região pélvica;
• Queda da libido e disfunção erétil.

A boa notícia, de acordo com o cirurgião uro-oncologista, é que há tratamentos curativos, ou, que atuam na redução dos sintomas mais evidentes e desconfortantes, garantindo, assim, mais qualidade de vida aos pacientes. Entre eles, estão o uso de medicamentos e procedimentos como a eletroestimulação – técnica ofertará na Urocentro Manaus e  que utiliza correntes elétricas de baixa intensidade para estimular nervos e músculos.

Além do acompanhamento urológico, terapias multidisciplinares — que envolvem psicologia, fisioterapia pélvica e mudanças de estilo de vida — têm mostrado resultados positivos.

“Mais do que tratar os sintomas, é preciso olhar para o paciente como um todo. Corpo e mente estão interligados, e isso vale para a urologia também”, assegura o especialista.

Urologista tem papel fundamental

Figliuolo destaca, ainda, a importância da atuação do urologista em casos de alterações urinárias derivadas do estresse.

“Essas alterações precisam ser investigadas a fundo, de forma a levar a um diagnóstico preciso, pois há sintomas que podem estar associados a várias doenças do trato urinário, como bexiga hiperativa, síndrome de dor pélvica crônica, incontinência urinária, próstata lote crônica, síndrome da bexiga dolorosa, retenção urinária funcional, entre outras. Cada uma delas com suas especificidades e que requerem tratamentos distintos e, às vezes, multidisciplinares”, finalizou Giuseppe Figliuolo.

Ele também alerta para os riscos da automedicação e da negligência aos sintomas. “Além de piorar alguns quadros, a automedicação pode levar a novas alterações e a complicações renais, por exemplo. A avaliação médica, com a correta prescrição de tratamento, é algo indispensável e o caminho mais seguro para a cura”, finaliza.

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