Cena reacende debate sobre “adultização” e expõe falhas na fiscalização de bares e casas noturnas
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra duas meninas, aparentemente menores de 14 anos, consumindo bebida alcoólica e dançando em uma adega na avenida Itaúba, zona leste de Manaus. A gravação, feita por frequentadores do local, revela as jovens em meio a outros clientes, vestindo roupas curtas e sendo observadas por adultos.

Foto: Reprodução
O caso reacende o debate sobre o fenômeno da chamada “adultização”, que descreve a exposição precoce de crianças e adolescentes a comportamentos, padrões de consumo e ambientes próprios do mundo adulto. Especialistas alertam que a prática representa riscos ao desenvolvimento psicológico e social.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é crime vender, fornecer, servir ou entregar bebida alcoólica a menores de 18 anos. A infração pode resultar em até quatro anos de prisão, além de multa e interdição do estabelecimento.
Autoridades e Conselhos Tutelares têm reforçado a necessidade de intensificar a fiscalização em bares, adegas e festas que permitam a entrada de menores. O tema também chegou ao Congresso Nacional: a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria regras para proteção de crianças e adolescentes no uso de aplicativos, redes sociais e jogos eletrônicos, impondo obrigações a fornecedores e estimulando maior controle por parte dos pais.