A determinação de despejo do imóvel deve ser cumprida no prazo de 15 dias
A Justiça do Amazonas determinou o despejo do salão de Belle Femme Dilemar Cardoso Carlos da Silva e outros do imóvel localizado na Rua Amapá, Nossa Senhora das Graças, Vieiralves, zona centro-sul de Manaus, por acúmulo de aluguéis.
A decisão é doo juiz Roberto Hermidas de Aragão – A 20ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho de Manaus. A ação é de autoria de Allan Kardec Arruda Lins e foi autorizado no dia 31 de julho passado para ser cumprida no prazo de 15 dias.
Em caso de descumprimento, a decisão prevê o uso de força policial para efetuar o despejo. Conforme a decisão, o salão poderá rejeitar a desocupação desde que no prazo dos 15 dias concedidos seja efetuado o depósito judicial que contemple a totalidade dos valores devidos.
O salão Belle Femme era de propriedade da empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, encontrada morta em 28 de maio deste ano dentro da sua casa no bairro Cidade Nova, supostamente por overdose de cetamina.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) denunciou no dia 27 de junho, Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, juntamente com seu irmão Ademar Cardoso e o ex-namorado Bruno Roberto da Silva, por tráfico de drogas. Outras sete pessoas também foram implicadas no caso.
Sobre o caso Djidja:
A ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, foi encontrada morta no dia 28 de maio, por overdose de ketamina. Após a morte da jovem, a Polícia descobriu um forte esquema envolvendo seita religiosa, uso de substâncias para animais, tráfico de drogas, estupro, venda de medicamento ilegal dentre outros crimes. Ao todo, as investigações envolveram 11 pessoas. MEDICAMENTOS
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), apurou-se a existência de uma seita religiosa fundada pela família Cardoso, com o fim de induzir funcionários de uma rede de salões de beleza ao uso das substâncias Ketamina e Potenay de uso veterinário. A mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, e o imão, Ademar Cardoso, foram indiciados por tortura, homicídio, tráfico de drogas e outros 12 crimes.
Durante as investigações, foi possível identificar que Cleusimar, Ademar e Djidja, com o auxílio do namorado da ex-sinhazinha, Bruno Rodrigues, e dos funcionários Claudiele Santos da Silva, 33; Verônica da Costa Seixas, 30; e Marlisson Vasconcelos Dantas, operavam o esquema criminoso promovendo a realização de cultos religiosos com a utilização dos entorpecentes.
Conforme a autoridade policial, o grupo criminoso pretendia montar uma clínica veterinária para facilitar o acesso e compra dos medicamentos de uso controlado, bem como fundar uma comunidade para manter os trabalhos doutrinários da seita.