Justiça Eleitoral determina liberação de 400 cestas básicas apreendidas no AM

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A apreensão das cestas ocorreu sob alegação de que elas seriam utilizadas como instrumento de compra de voto

A juíza da 4ª Zona Eleitoral de Parintins, Juliana Arrais Mousinho, decidiu, nesta segunda-feira (9), pela liberação de 400 cestas básicas apreendidas pelas polícias militar e civil no dia 22 de agosto. As cestas seriam destinadas a moradores do Santo Antônio do Tracajá, beneficiados pelo programa social Ação em Dias, promovido por meio de parceria entre o Gabinete da deputada estadual Mayra Dias e a Prefeitura de Parintins desde o início de 2023.

Foto: Eder Repolho

A apreensão das cestas básicas ocorreu em um porto da cidade, sob alegação de que elas seriam utilizadas como instrumento de compra de voto. Durante o ato, policiais também fizeram a apreensão irregular da própria embarcação e de equipamentos de palco e sonorização que seriam enviados ao Santos Antônio do Tracajá. Os materiais ficaram retidos por dois dias.

Foto: Eder Repolho

Na decisão proferida nesta segunda-feira, a juíza Juliana Arrais Mousinho argumenta que o Ministério Público, exercendo a função de fiscalizador eleitoral, direcionou pela liberação das cestas básicas. Além disso, a juíza destaca que o Município apresentou relatório social com dados de todos os beneficiários das cestas, destacando que a Lei 9.504/97, a lei das eleições, permite a distribuição de bens ou benefícios em programas sociais autorizados em lei, ou em execução orçamentária desde o exercício anterior, como é o caso da Ação em Dias.

As cestas básicas apreendidas já estavam sob custódia do Município, direcionado pelo Ministério Público como fiel depositário. Com a liberação, o material deve, enfim, ser entregue as famílias em situação de vulnerabilidade social do Santo Antônio do Tracajá.

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