‘Setembro amarelo’ chama atenção ao apoio qualificado para a saúde mental

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Setembro Amarelo – O Brasil é o país com o maior índice de depressão da América Latina, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e o setembro amarelo é um mês destinado para a prevenção do suicídio, que incentiva o cuidado com a saúde mental.

Este tema ainda é um tabu para algumas pessoas. Porém, deve ser tratado com responsabilidade e seriedade. O fato de estarmos passando por uma pandemia pode agravar e confundir ainda mais as pessoas sobre seus sentimentos e os problemas relacionados à saúde mental. Afinal, para muitas pessoas, o sentimento como o medo, a insegurança, a tristeza e a ansiedade já se manifestou com frequência nos últimos dias.

O suicídio está ligado a problemas de saúde mental, por isso é muito importante ficar atento aos sintomas e sempre buscar ajuda quando for preciso.

O termo problemas de saúde mental ainda gera muito preconceito, mas saiba que ele deve ser cada vez mais debatido. E este é um dos objetivos desta campanha.

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O SETEMBRO AMARELO?

Desde 2014 ocorre a campanha nacional do Setembro Amarelo, como forma de prevenção ao suicídio.

Esta campanha, é algo que não deve parar no mês de setembro, deve ocorrer no dia a dia, ao longo do ano, porque alguém do seu lado pode estar precisando de ajuda. Se estima que a cada 30 segundos ocorra um suicídio no mundo, por este motivo este tema merece a atenção de todos.

Foto: Divulgação

Assim, 0 suicídio é definido como “um ato praticado pelo próprio indivíduo, cuja intenção é a morte, de forma consciente e intencional por meio que acredita ser letal”.

Ou seja, é um comportamento como o resultado de vários fatores que se acumulam na história da pessoa, não podendo ser considerada de forma causal, apenas para determinados eventos específicos da vida de uma pessoa que a levam a cometer atos de violência contra si mesma.

Esta campanha também remete ao amor, a si próprio e também aqueles que amamos.

O SUICÍDIO E COVID-19

O suicídio é um grave problema de saúde pública. No Brasil, são cerca de 12.000 casos anuais, e no mundo, chegam a 1.000.000 casos. E os números tendem a crescer, pelos efeitos colaterais da Covid-19. A maioria das vítimas do suicídio são jovens entre 15 e 30 anos e idosos com mais de 65 anos, chegando a proporção de 3 casos de homens para cada mulher.

As principais causas do suicídio são a depressão e o transtorno bipolar, em conjunto ou em associação. Também existem outras doenças como o alcoolismo e o uso de drogas, os transtornos de personalidade e a esquizofrenia que costumam estar presentes nos casos desta doença.

Nos jovens, a complexidade aumenta com os problemas emocionais familiares e sociais comuns da idade.

POR QUE É IMPORTANTE A CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O SUICÍDIO

Doenças relacionadas à saúde mental que podem levar ao suicídio, podem acontecer por muitos fatores, como a predisposição genética, os problemas pessoais, não fazer tratamentos quando recomendados, além da falta de ajuda.

No entanto, muitas pessoas ainda tem a ideia de que o suicídio é “para chamar a atenção”, contribuindo para que nem todas as pessoas procurem ajuda.

Assim, essa dificuldade de reconhecer, identificar e buscar ajuda para a depressão, é muito preocupante em todo o mundo. Por isso, é muito importante aumentar a divulgação de projetos que atendam e conscientizem as pessoas.

Também é muito importante reforçar sobre a importância de buscar um tratamento que de fato ajude a pessoa que está doente.

A CAMPANHA DE PREVENÇÃO AO SUICÍDIO

A escolha do mês se deve à proximidade do dia 10 de setembro, o dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. A cor amarela fica por conta de Dale e Darlene Emme que iniciaram uma campanha da fita amarela depois que seu filho Mike se suicidou com um carro amarelo.

Assim, essa campanha divulga o tema, alerta a população sobre o suicídio, incentiva eventos que tenham debates sobre o tema. Durante a campanha, os locais públicos e turísticos costumam ser iluminados com a luz amarela.

No entanto, a busca por tratamento psicológico e psiquiátrico ainda é vista com preconceito por algumas pessoas, que acreditam que apenas os loucos ou os fracos precisam de terapias.

Foto: Divulgação

Porém, as terapias são fundamentais para que a pessoa possa se conhecer melhor e para o amadurecimento, bem como o diálogo com um profissional especializado nesse cuidado. A terapia também permite ao paciente desabafar sobre os seus problemas.

O primeiro passo nessa direção é a formação de profissionais mais qualificados, bem como um maior incentivo durante os estudos médicos.

Assim, é preciso também tornar os serviços mais acessíveis à população e reduzir o preconceito que existe para quem busca serviços de psicoterapia ou psiquiatria.

Desta forma, esse preconceito pode ser reduzido com o aumento de informações. Assim, é necessário aumentar o debate sobre o assunto.

CUIDADO COM OS SINAIS DE ALERTA

Como diferenciar, se o medo e a tristeza estão se tornando permanentes e piorando a saúde?

Confira alguns pontos que devem ser observados:

  1. As sensações pioram e são acompanhadas por sintomas físicos como falta de ar, dores no corpo, palpitações.
  2. Tornam-se intensas e parecem insuportáveis as emoções como a tristeza, a raiva, o medo, a irritação ou a aparente frieza.
  3. Os sentimentos abrem espaço para comportamentos atípicos, como ficar irritado e agitado.
  4. Alteração em sintomas cognitivos, como a falha de memória, menos concentração, a confusão mental, ser repetitivo.
  5. A perda de vontade de realizar coisas que antes davam prazer costumam ficar cada vez mais frequentes.
  6. As emoções ficam mais afloradas e a pessoa fica mais suscetível as crises de choro.
  7. O desejo pelas interações pessoais com outras pessoas fica cada vez menor.
  8. Sensação de vazio ou tristeza se torna mais presente.
  9. Perda de apetite.
  10. Abuso de álcool ou drogas.
  11. Alterações no sono.
  12. Pensamento de morte e suicídio.
  13. Falta de motivação.

Muitas pessoas acreditam que é necessário terem todos os sintomas acima para procurarem ajuda. A combinação de alguns destes sintomas já pode ser um grande alerta.

Assim, para chegar a ação suicida, também existem fatores de risco, como história de abuso emocional e físico, violência doméstica ou história familiar de tentativas de suicídio. A psiquiatria afirma que, em geral, 90% das pessoas que se suicidam têm algum transtorno mental, como a depressão, a ansiedade, a psicose e a dependência química.

Portanto, uma pessoa com saúde mental afetada emitirá sinais de que precisa de ajuda. Quem está, por perto pode observar e ajudar no encaminhamento, mas apenas um profissional como o psiquiatra pode diagnosticar e tratar os problemas.

NÃO DEIXE ESTE SER APENAS MAIS UM TEXTO DE SETEMBRO AMARELO

Caso você esteja passando por este problema, não exite em pedir ajuda a um amigo, familiar ou profissional capacitado. Não precisa se envergonhar, o mais importante é se tratar.

Não deixe este texto ser apenas mais um do Setembro Amarelo, compartilhe com alguém que precisa de ajuda.

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