VÍDEO: Menino de 6 anos morre após receber superdosagem de adrenalina em hospital de Manaus

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Pais registram ocorrência e acusam erro médico na prescrição e administração de adrenalina intravenosa; Polícia Civil abriu inquérito para apurar responsabilidades

Manaus (AM) — Um menino de 6 anos, Benício Xavier de Freitas, morreu na madrugada de domingo (23/11) após receber doses de adrenalina por via intravenosa no Hospital Santa Júlia, na zona oeste de Manaus. A família registrou Boletim de Ocorrência e prestou depoimento nesta terça-feira (25/11) no 24º Distrito Integrado de Polícia, afirmando que a criança recebeu três doses de 3 ml do medicamento, quantidade considerada muito superior ao recomendado para pacientes da faixa etária.

Foto: Divulgação

Segundo os pais, o menino havia sido levado ao pronto-socorro na noite de sábado (22/11) com tosse seca e suspeita de laringite. A médica responsável teria prescrito lavagem nasal, soro fisiológico, xarope e três aplicações de adrenalina intravenosa. Logo após a primeira dose, Benício apresentou piora súbita, com palidez, alterações na coloração das extremidades e forte desconforto relatado pela própria criança.

Nas horas seguintes, o menino sofreu sucessivas paradas cardíacas durante atendimento na UTI. Ele foi intubado por volta das 23h e apresentou episódios de vômito e sangramento. Ao todo, foram registradas seis paradas cardíacas até a constatação do óbito às 2h55.

O pai informou que a médica reconheceu falhas durante o atendimento e afirmou que a dosagem constava de próprio punho na prescrição. Em nota, o Hospital Santa Júlia declarou que abriu análise técnica interna conduzida pela Comissão de Óbito e Segurança do Paciente e que está colaborando com as autoridades.

A morte teve repercussão entre instituições acadêmicas e profissionais. A Universidade do Estado do Amazonas e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas divulgaram notas de pesar.

Especialistas apontam que a dose aplicada equivale a até 15 vezes a quantidade indicada para crianças de 20 a 25 kg, podendo provocar arritmias graves e morte súbita. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar possível imperícia, imprudência ou negligência. O laudo necroscópico deve ser concluído em até 30 dias.

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