Manejo de jacarés é liberado com estrutura flutuante inédita em reserva do Amazonas

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O manejo do jacaré na região já havia recebido autorização federal do Ibama em 2020, referente ao plano anterior

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) autorizou o funcionamento da primeira estrutura flutuante totalmente licenciada do Brasil para o manejo de jacarés na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no Médio Solimões. A liberação, concedida na sexta-feira (21), marca a etapa final de regularização do entreposto, considerado um divisor de águas para a atividade e para a geração de renda das comunidades ribeirinhas do setor Jarauá.

Foto: Divulgação

A unidade flutuante foi projetada especialmente para a realidade da várzea e funcionará como entreposto de processamento dos animais manejados na reserva. Além de ambientalmente regularizada, a estrutura também atende às normas sanitárias e é o primeiro entreposto flutuante do país a receber dispensa ambiental — um marco para o manejo sustentável no Brasil.

Autorização estadual destrava avanço da atividade

O manejo do jacaré na região já havia recebido autorização federal do Ibama em 2020, referente ao plano anterior. Agora, com a licença estadual concedida pelo Ipaam, será possível enviar um novo plano de manejo ao órgão federal, cuja aprovação é prevista para 2026. Essa etapa é essencial para assegurar a continuidade da atividade, que depende da atualização e renovação periódica das autorizações.

Segurança, organização e renda para as famílias

Segundo o Instituto Mamirauá, que pesquisa o manejo desde os anos 2000, a nova estrutura traz maior segurança, melhores condições de trabalho e mais organização para o processo. Hoje, a cota máxima autorizada no setor Jarauá é de 500 jacarés por ano.

A atividade tem potencial para gerar R$ 230 mil a R$ 240 mil anuais para cerca de 40 famílias diretamente beneficiadas, além de outras comunidades parceiras envolvidas no manejo.

Sustentabilidade como motor econômico da várzea

O manejo do jacaré se soma a outras iniciativas sustentáveis em curso na RDS Mamirauá, como o manejo do pirarucu e a pesca artesanal — atividades que reforçam o potencial econômico da região e provam que a conservação dos recursos naturais pode caminhar lado a lado com o desenvolvimento das comunidades tradicionais.

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