Agência denuncia exaustão e falta de alimentos entre profissionais que atuam no enclave palestino
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) afirmou que médicos, agentes humanitários e membros de sua equipe estão desmaiando de fome e exaustão durante o trabalho em Gaza. A denúncia foi feita na terça-feira (22) por Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, que relatou ter recebido diversas mensagens de emergência de funcionários que atuam no território.

Foto: Divulgação
“Ninguém é poupado: os cuidadores em Gaza também precisam de cuidados. Médicos, enfermeiros, jornalistas e trabalhadores humanitários estão com fome”, declarou Lazzarini.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, em outubro de 2023, a situação humanitária no enclave se agravou. A UNRWA estima que mais de mil pessoas foram mortas enquanto tentavam acessar ajuda alimentar desde o final de maio.
Lazzarini também criticou o esquema de distribuição de ajuda operado pela Gaza Humanitarian Foundation, com apoio dos Estados Unidos, implementado após a suspensão de um bloqueio de 11 semanas por parte de Israel.
O porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), Jens Laerke, negou as alegações de que a organização teria deixado de atuar na região, classificando a informação como “manifestamente incorreta”.
Já o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, afirmou que a residência de funcionários da OMS e o principal armazém da entidade em Deir al-Balah, em Gaza, foram atingidos por ataques aéreos israelenses. Os bombardeios causaram incêndios, danos estruturais e colocaram em risco a segurança de funcionários e seus familiares, incluindo crianças.