0
0
Entre os grandes destaques da noite esteve a alegoria “Yurupari”, que trouxe à arena a poderosa narrativa da divindade indígena Yurupari
O Boi Caprichoso encerrou a primeira noite do 58º Festival de Parintins 2025 com o tema “Amyipaguana: Retomada pelas Lutas”, marcado por emoção, tradição e fortes referências à cultura indígena amazônica.
Foto: Divulgação
Segundo o presidente da associação folclórica, Rossy Amoedo, a apresentação foi resultado de muito empenho ao longo do ano.
“Nós nos preparamos muito para esse momento. Primeira noite, sempre temos atenção, mas o Boi Caprichoso se dedicou, se esforçou bastante para chegar pronto para entrar na arena e fazer um grande espetáculo”, disse o presidente.
Alegorias de impacto e valorização cultural
Foto: Divulgação
Entre os grandes destaques da noite esteve a alegoria “Yurupari”, assinada pelo artista Roberto Reis. A obra trouxe à arena a poderosa narrativa da divindade indígena Yurupari, uma figura tradicional da cultura amazônica que, ao longo do tempo, foi injustamente demonizada durante o processo de colonização das populações originárias.
Outro momento marcante foi a escolha da Figura Típica Regional, com a representação “Majés, as Senhoras da Cura”, criação dos artistas Preto e Paulo Pimentel, conhecidos como Irmãos do Palmares.
Foto: Divulgação
A homenagem reverenciou as mulheres da floresta, guardiãs do conhecimento ancestral sobre plantas medicinais, fundamentais na preservação da cultura e no cuidado com a saúde das comunidades amazônicas.
Emoção na galera azul
Foto: Divulgação
A emoção tomou conta da arquibancada com a presença da torcedora Marilene Pimentel, vinda de Boa Vista do Ramos. Como item 19, ela destacou a paixão de longa data pelo Caprichoso: “São vários anos que venho. Desde manhã cedo na fila. O Caprichoso é tudo, desde criança eu sou azul. É uma emoção muito grande”, declarou.
Ritual indígena encerra apresentação
O encerramento ficou por conta do Ritual Indígena, que nesta edição teve como tema “Ritual Tupinambá: A Retomada da Verdade Originária”. A alegoria foi desenvolvida pelo artista Jucelino Ribeiro e fechou com força e ancestralidade a primeira noite do festival.
Com o fim da apresentação do Caprichoso, a primeira noite do Festival de Parintins 2025 chegou ao fim. As apresentações continuam neste sábado (28) e domingo (29), no tradicional Bumbódromo.
