Robert Prevost foi eleito como o 267º Bispo de Roma; o anúncio à multidão foi dado pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti
Roma – A Praça de São Pedro explodiu em júbilo nesta quinta-feira (8), quando a fumaça branca, sinal da eleição papal, ascendeu da chaminé da Capela Sistina. Após um conclave marcado por quatro votações, os cardeais elegeram Robert Francis Prevost, 69, como o novo líder da Igreja Católica, que assumirá o nome papal ‘Leão XIV’. Prevost foi eleito como o 267º Bispo de Roma; o anúncio à multidão foi dado pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti.

Foto: Divulgação
Da Sacada Central da Basílica de São Pedro, o cardeal protodiácono Dominique Mamberti pronunciou a tão aguardada fórmula em latim, comunicando a Roma e ao mundo o nome do novo Sucessor de Pedro:
“Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Robertum Franciscum, Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinale Prevost, qui sibi nomen imposuit Leão XIV”.
Traduzindo para o português: “O eminentíssimo e reverendíssimo senhor, senhor Robert Prevost, cardeal da Santa Igreja Romana PREVOST, que se impôs o nome de Leão XIV”.
A escolha ocorreu após três fumaças pretas serem reveladas. A decisão fica junto das duas últimas escolhas, de Bento XVI e Francisco, que também duraram dois dias.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 80.
Prevost ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, uma posição estratégica que lhe permitiu conhecer profundamente a estrutura da Igreja e participar ativamente na nomeação de bispos ao redor do mundo.
Polêmica com novo Papa
O norte-americano Robert Prevost, enfrentou acusações relacionadas ao suposto encobrimento de abusos sexuais durante sua passagem pelo Peru. O prefeito do Dicastério para os Bispos, carrega acusações vindas do Peru, onde atuou como arcebispo em Chiclayo. Ele teria ignorado denúncias de vítimas contra dois padres acusados de abusos cometidos há cerca de uma década. O caso continua sem desfecho, mesmo após abertura de investigação interna em 2022.
Sobreviventes alegam falta de ação e denunciam uma cultura de impunidade. Principalmente nos EUA. Desde 2002, uma série de denúncias de pedofilia por parte de religiosos afeta o país. Em Boston, Alexa MacPherson conta que sofreu abusos sexuais de um padre por anos. E que, mesmo após a denúncia, o agressor ainda está solto e não foi levado à Justiça.