Desfiles do ‘Grupo de Acesso A’ encantam com enredos emocionantes em Manaus

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Destaque da noite foi a entrega de batutas produzidas por artesãos aos Mestres de Bateria de todas as escolas

Os desfiles do ‘Grupo de Acesso A’ deram continuidade à programação do Carnaval na Floresta 2025, na sexta-feira (28), levando para o sambódromo uma explosão de cores, ritmos e emoções. Com enredos que celebraram resistência, fé e superação, as escolas encantaram o público e iniciaram uma grande festa de cultura e tradição.

O destaque da noite ficou por conta da entrega de batutas produzidas por artesãos da Cooperativa de Artesãos do Amazonas aos Mestres de Bateria de todas as escolas.

Foto: Divulgação / Sec-AM

Os Mestres de Bateria presenteados se encantaram com a homenagem. Tanto assim que vários deles fizeram questão de comandar seus ritmistas durante o desfile com a batuta na mão. Foi o caso de Anderson Felipe, mestre de bateria da escola Beija-Flor do Norte.

“Para mim, essa homenagem foi muito especial porque a Beija-Flor do Norte vem homenageando a Márcia Siqueira, que é um ícone da cultura, e nada mais justo que receber uma baqueta da Secretaria de Cultura”, declarou.

Foto: Divulgação / Sec-AM

O público, que compareceu ao Sambódromo para acompanhar os desfiles, aprovou a qualidade das alegorias e fantasias apresentadas pelas escolas do Acesso A. Geane Xavier Mendes, de 42 anos, estava retornando ao Sambódromo para assistir aos desfiles após 26 anos. A última vez havia sido aos 16 anos.

“Está muito bom, está tranquilo, está muito bonito. Amanhã, venho assistir às Andanças de Cigano, que é a minha escola de coração”, referindo-se aos desfiles das escolas do Grupo Especial, que acontece na noite deste sábado (1º). “Estarei aqui torcendo pela Andanças Cigano”, declarou.

Meninos Levados

Foto: Divulgação / Sec-AM

A Meninos Levados encantou a todos com o enredo “Ori de Bronze, Ilê de Iansã, Preta Mina a Festejar”, desenvolvido pelo carnavalesco Gerson Lira. Homenageando Tata Zazi Adalberto de Xangô, a escola celebrou seus 51 anos de dedicação à fé e à caridade por meio do terreiro de Preta Mina, simbolizando a resistência do povo negro e destacando a força feminina e o sincretismo religioso.

Beija-Flor do Norte

O Beija-Flor do Norte brilhou na avenida do samba, com o enredo “Márcia Siqueira, Voz da Amazônia, Alma do Brasil”, uma homenagem à cantora amazonense Márcia Siqueira. O desfile exaltou sua trajetória, da infância ribeirinha até sua consagração como uma das maiores vozes da cultura nortista, representando a Amazônia além das fronteiras regionais. Desenvolvido pela Comissão de Carnaval formada por Alan Lopes, Clenilson Nogueira e Luiz de Souza, o espetáculo foi um verdadeiro tributo à arte e identidade da cantora.

Império do Havaí

Foto: Divulgação / Sec-AM

A Império do Havaí apresentou a história dos irmãos Yedo e Elci Simões, com o enredo “A Saga dos Irmãos Yedo e Elci Simões!”. Desenvolvido pelo carnavalesco Rayan Sá, o desfile celebrou a trajetória dos irmãos no cenário jurídico amazonense, destacando a importância da educação e o legado que deixaram no Tribunal de Justiça do Amazonas.

Acadêmicos da Cidade Alta

Foto: Divulgação / Sec-AM

Os Acadêmicos da Cidade Alta levou para o Carnaval 2025 o enredo “Amazonas em Campo: O Rugido da Floresta no Futebol do Brasil”. O desfile celebrou o meteórico sucesso do Amazonas Futebol Clube, exaltando o time, simbolizado pela onça-pintada, e a relação entre o futebol e a identidade amazonense. O enredo, desenvolvido pelo carnavalesco Almir Nascimento, homenageou a conquista de títulos importantes e o orgulho local.

Presidente Vargas

Foto: Divulgação / Sec-AM

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Presidente Vargas (PV) fez uma viagem pelos encantos do Sul de Roraima, com o enredo “Águas e Florestas – Os Encantos do Sul de Roraima”. O desfile destacou as belezas naturais e culturais de municípios como Rorainópolis e Caroebe, além de exaltar o folclore, festas populares e a religiosidade da região. Desenvolvido por Garcia Neto, Saulo Borges, Marino Caldas e Jonilton Cardoso, o enredo retratou a diversidade cultural da Amazônia com cores e ritmos contagiantes.

Mocidade Independente do Coroado

Foto: Divulgação / Sec-AM

O enredo “Sinfonia de Sons: A Ópera da Música Brasileira” da Mocidade Independente do Coroado encantou, com uma imersão nas raízes musicais do Brasil. Desenvolvido pelo carnavalesco Marcos Bentes, o enredo destacou a diversidade de ritmos e sons que formam a identidade musical do país. Desde as músicas indígenas até o samba e carimbó.

Unidos da Cidade Nova

Foto: Divulgação / Sec-AM

A Unidos da Cidade Nova apresentou o desfile intitulado “A Incrível Fábula de um Menino de Eirunepé”, um tributo à trajetória de Elan Alencar. O autor e carnavalesco Márcio Coelho da Silva celebrou a história de superação de Elan, que, superando as dificuldades da infância no interior do Amazonas, se tornou uma referência em trabalho social e cultural. O desfile destacou a força da família Alencar e seu impacto na comunidade da Cidade Nova.

Tradição Leste

Foto: Divulgação / Sec-AM

A Tradição Leste apresentou o enredo “Ave Maria, na tradição, minha fé e todos os dias”, uma celebração da fé e espiritualidade. Desenvolvido por Jr. Thompson, o desfile explorou diferentes tipos de fé, desde a católica até as influências indígenas e africanas, simbolizadas pela figura de Nossa Senhora e pelo Anjo da Guarda. A proposta refletiu sobre a importância da paz e do amor ao próximo.

Dragões do Império

Foto: Divulgação / Sec-AM

A Dragões do Império apresentou o enredo “A Cor do Poder: O Outro Lado da História”, criação de Davison Jaime, Marcos Vinícius e Ricardo Moldes, criando uma inversão histórica com a ascensão das nações africanas à dominação da Europa. Inspirado pela obra “Noughts + Crosses” de Malorie Blackman, o desfile explorou temas de igualdade, amor proibido e resistência, celebrando a diversidade e a inclusão, enquanto refletia sobre as barreiras sociais e raciais que persistem na sociedade.

Os desfiles do Grupo de Acesso A, no Carnaval na Floresta 2025, não só encantaram, mas também emocionaram, refletindo a força da cultura, da resistência e da fé, consolidando-se como uma das grandes celebrações da festa popular amazonense.

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