Privação de sono foi transmitida online por meio das redes sociais, o que alarmou autoridades e especialistas na área
Recentemente, um influenciador australiano identificado como Norme revelou ter passado pouco mais de 265 horas sem dormir. Caso a façanha seja verdadeira, ela o faria ultrapassar às 264 horas e 25 minutos estabelecidas em 1964 por Randy Gardner, recordista no quesito.
Norme fez questão de transmitir online o período de privação de sono, o que alarmou fãs, gerou banimentos nas redes sociais e levou ambulâncias e viaturas à frente da casa dele, em Melbourne. Isso porque, segundo especialistas, o comportamento é extremante arriscado para a saúde. “É bastante preocupante que alguém faça isso, apenas para um experimento”, avaliou um acadêmico de uma universidade local consultado pelo tabloide Daily Mail.
O Livro Guinness dos Recorde, inclusive, parou de registrar qualquer tentativa do gênero ao final da década de 1990, devido aos efeitos colaterais que provoca, como lentidão, irritabilidade, perda de foco, psicose, queda da imunidade e aumento da pressão cardíaca. Norme relatou que, durante o desafio, passou por momentos de microssono, ficou “muito delirante” e apresentou irritação na pele das mãos.
“Pesquisei, tem uma taxa de mortalidade de zero por cento. Ninguém nunca morreu tentando”, defendeu o influenciador, sem considerar que pessoas insones podem se envolver em acidentes de carro, por exemplo, conforme alertou o Daily Mail.
O recordista Randy Gardner, por exemplo, disse não ter apresentado efeitos colaterais logo após os 11 dias despertos. No entanto, teve que lidar com períodos insuportáveis de insônia durante anos.